quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Campanha contra acidentes será feita até por celular



Até que enfim o governo acordou para o problema do trânsito. Vai elevar o tom do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes (Parada). Para isso, planeja mudanças legislativas, ações com estatais e distribuição de bafômetros pelo País. Antecipando-se a uma eventual decisão pela "tolerância zero" no trânsito, atualmente em discussão no Congresso, o Ministério das Cidades vai distribuir até o fim do ano 1 milhão de aparelhos medidores de álcool no sangue para Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) e incentivar uso do equipamento pela Polícia Rodoviária Federal.
A estratégia faz parte do pacto lançado no Palácio do Planalto, que vem atraindo apoio de artistas e esportistas que perderam parentes e amigos em acidentes de carro. A atriz Cissa Guimarães e o piloto Emerson Fittipaldi, por exemplo, atuarão na campanha.
No setor privado, ônibus urbanos e metropolitanos devem ceder os vidros de trás para adesivos do pacto nacional, de acordo com negociações em curso com a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (ANTU). Bancos e seguradoras já procuraram o governo para se informar a respeito de parcerias, porque desejam aderir ao esforço e, em consequência, economizar gastos com sinistros de acidentes de trânsito.
Até o celular vai entrar na campanha. A operadora de telefonia Oi vai incluir um aplicativo em todos os celulares que comercializa para orientar sobre o perigo de dirigir falando ao telefone ou mandando SMS. O alvo principal do governo é convencer jovens entre 18 e 30 anos a agir de forma responsável ao volante, pois é nessa faixa etária que se concentram acidentes. Mas vemos adultos, senhores e senhoras usando o telefone e dirigindo. Eles também precisam de um puxão de orelha.
Hoje, vi uma mão, com a filha na garupa da Bizz que entrou na contramão da rua para acessar a portaria do prédio. Foram 100 metros, ok, mas é assim que se cultiva um adolescente infrator. Depois, não adianta chorar as conseqüências de um acidente, já que o exemplo veio da família.
Fonte: O Estado de S. Paulo

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