quarta-feira, 16 de maio de 2012

Adolescentes transformam sucata em computador para asilo



Transformar sucata digital em novas máquinas. Essa é a ideia que surgiu dentro de uma faculdade de São Vicente, no litoral de São Paulo. A coleta de computadores velhos resultou em uma nova máquina para quem mora no asilo Aconchego dos Idosos. Um trabalho que uniu a consciência ambiental e ecológica dos envolvidos.
A diretora do Ensino Superior da Escola e Faculdade Fortec, professora Silvia Maria Troncoso, conta que a iniciativa partiu da professora Rosana das Graças Utreta, em 2009, depois de um curso de informática para idosos que foi realizado durante alguns meses. "A princípio eu queria movimentar os alunos da faculdade. Eu me preocupo com a área da solidariedade. Daí eu pensei nesse lado do lixo digital. O pessoal joga tanta coisa fora que pode ser aproveitado", explica Rosana.
No ano passado, os alunos do Bacharelado em Sistemas de Informação e Tecnologia em Automação Industrial da Faculdade de Tecnologia de São Vicente se uniram e aderiram a ideia da professora. Rosana começou a divulgar nas redes sociais o projeto Inclusão Digital para Terceira Idade, com o intuito de arrecadar o maior número de peças de computadores que não estavam sendo utilizadas.
Depois de receberem material de hospitais, da população, de ex- alunos, alunos e professores, as peças foram reunidas e o grupo deu início a manutenção dos equipamentos. Durante três sábados eles ficaram concentrados no laboratório com todo o material coletado. O trabalho em conjunto gerou um computador rápido e com internet para entreter os moradores do asilo. De acordo com Troncoso, o material que não pôde ser aproveitado, porque não tinha conserto, foi levado para o Parque Ambiental Sambaiatuba, em um outro projeto de lixo eletrônico.
FORMIDÁVEL!!!!!!!

Mariane Rossi - G1

terça-feira, 15 de maio de 2012

Diretor britânico lança longa-metragem exclusivamente para iPad

O Reino Unido lançou o primeiro filme para iPad. Intitulado "The Silver Goat", o longa-metragem dirigido por Aaron Brookner foi disponibilizado no tablet por meio de um aplicativo que possui fotos, trailer e cenas dos bastidores, informou o site Olhar Digital.
"Fazer um filme para ser apresentado em um aplicativo dá aos cineastas uma grande oportunidade de ter contato direto com o público”, disse o diretor do filme.
Aaron Brookner resolveu lançar um filme no iPad porque tinha o desejo de se distanciar da produção de Hollywood. A indústria cinematográfica americana disponibiliza uma cópia de seus filmes para tablets mas, para isso, as pessoas precisam adquirir uma cópia em Blu-Ray ou DVD.
Portal Imprensa

A construção das marcas na era digital


As marcas proporcionavam momentos inesquecíveis na TV... Era uma vez uma época em que a vida girava em torno das nossas séries de TV favoritas. Eu me lembro de dizer: “Vejo você às 10 da noite”. Nesse horário, Friends já tinha acabado. Também sabíamos que o Natal estava chegando quando algumas propagandas começavam a aparecer na telinha. 

Durante minha infância, todo final de ano, a Coca-Cola mostrava seus ursos polares branquinhos brincando com uma garrafa vermelha – as mesmas cores da roupa do Papai Noel. Alguns anos atrás, esses comerciais sairam do ar e as pessoas começaram a reclamar que sem eles o Natal ficava incompleto. Pressionados pelas críticas, os publicitários foram obrigados a trazê-los de volta.
Mas aí crescemos e nos anos 80 dois aparelhos apareceram para mudar a maneira como assistíamos aos programas de TV e a publicidade: forno micro-ondas e vídeo-cassete. Quando eu saía com meus amigos e sabia que não ia chegar a tempo para jantar com minha família, eu falava para minha mãe deixar meu prato no micro-ondas. Aí ela reclamava: “Quer dizer que agora a gente não vai mais comer junto?” E quando o vídeo-cassete chegou, eu me atrasava e pedia para alguém que estivesse em casa: “Você pode gravar para mim?”. Deixamos de ver TV juntos no sofá e podíamos adiantar a fita para pular os comerciais.
E agora onde estamos? Na era da Internet, na qual tudo é instantâneo. Temos todas as informações que precisamos em um piscar de olhos. Há a possibilidade de assistirmos aprogramas, séries e filmes sozinhos na tela de um smartphone ou tablet. Nesse novo contexto, o que resta para o mundo da publicidade?
Apesar da instantaneidade e da imensa oferta de conteúdos disponíveis, algumas coisas, entretanto, não mudaram ao longo dos anos. Se os anunciantes desejam entregar uma mensagem publicitária sólida e durável, eles precisam investir no relacionamento com os consumidores. 
Mas isso leva tempo para ser consolidado... eles precisam construir momentos e oportunidades para que os clientes criem laços de confiança duradouros com a marca. Os anunciantes até podem criar as mais espetaculares experiências de marca na internet, mas se as pessoas não as veem, todos os esforços acabam indo por água abaixo. Nesse caso, infelizmente, os consumidores não estão conseguindo se conectar com a marca. Isso acontece porque eles não estão interessados apenas em clicar. Os internautas buscam interações baseadas em uma série de perguntas e respostas.
Está ótimo, mas não tem também na cor vermelha? Quanto custa? Isso aí seguro para crianças? Esses são apenas alguns poucos exemplos de ingagações que costumamos fazer antes de concluirmos uma compra. Na verdade, queremos encontrar uma mensagem que esteja exatamente de acordo com aquilo que procuramos.
Ao encontramos algum produto ou serviço que nos interessa, falamos com outras pessoas e buscamos mais informações. Pesquisa online e publicidade display caminham juntas para que os consumidores possam “conversar com a marca”. 
As pessoas aprendem por repetição. E esse aprendizado é reforçado quando há uma conexão emocional forte. Tomo como exemplo a extraordinária campanha online da Cartier (http://www.odyssee.cartier.us/#/home). Trata-se de um filme com três minutos de duração que mostra um leopardo percorrendo paisagens incríveis na neve, em desertos e até nas ruas de Paris. A viagem do felino chega ao fim quando encontra sua reincarnação em um bracelete de diamantes. Considero essa campanha surreal, exuberante e incrivelmente cinematográfica.
Não é à toa que as pessoas estão engajando com esse anúncio e o compartilhando com nas redes sociais. Esse comportamento é efetivamente interativo pricipalmente se levarmos em conta que essa peça tem três minutos!!! Além de ser seis vezes mais longa que um spot de TV com 30 segundos, ela consegueenvolver emocionalmente os internautas.
A Cartier desenvolveu um belo trabalho de online branding capaz de convencer os consumidores a efetuarem conversões offline. Esse conceito de campanha que mescla online com offline deverá se tornar cada vez mais comum daqui em diante. Os anunciantes vão contar com os métodos offline para a promoção das marcas – televisão e até mesmo out-doors. Para obterem respostas mais específicas, utilizarão a publicidade online, como, por exemplo, os cliques através de um site para a realização de compras. 
Dessa forma, a publicidade digital vai buscar meios de se tornar cada vez mais convincente e emocional. E quando cumprir esses objetivos, conseguirá fazer com que você se envolva ainda mais com a marca e vá além de apenas dar um simples clique no anúncio.
A publicidade atravessa um momento crucial. São essas as mudanças que conduzirão o marketing online a um futuro bastante promissor.
*Dean Donaldson é diretor Global de Inovação de Mídia na MediaMind

Mais de 1 bilhão de pessoas usa redes sociais


De acordo com números da União Internacional de Telecomunicações (ITU, em inglês), o número de pessoas que acessam todos os tipos de mídias sociais ultrapassou 1 bilhão. No entanto, só o Facebook, com seus 900 milhões de usuários, responde por 90% desse número.
Também estão no topo o Twitter, com 200 milhões de usuários e o LinkedIn , com cerca de 120 milhões de perfis. O QQ, da China, o Vkontakte, da Rússia, e o Orkut, da Google, mais utilizado no Brasil, estão longe de uma grande participação, segundo o órgão. O relatório “Tendências na Reforma das Telecomunicações” também confirmou que os dispositivos móveis são o principal modo pelo qual as pessoas acessam as redes.
Isso acontece, em partes, porque embora o uso da banda larga continue crescente, uma assinatura fixa para esse serviço ainda está distante da realidade da maioria. Dados do próprio ITU afirmam que nos últimos cinco anos o número de usuários de banda larga quase dobrou, ficando em 591 milhões no início de 2012, mas seu crescimento ainda é bastante desigual: dentre esse número, a penetração dos países em desenvolvimento é de apenas 4,8%, enquanto que a dos países desenvolvidos é de 26%.
Uma grande parte do problema ainda é a acessibilidade. Na África, por exemplo, o preço médio mensal da assinatura de banda larga é maior do que três vezes a renda familiar média. No geral, 5 bilhões de pessoas no mundo nunca experimentaram nem mesmo a internet de baixa velocidade, ou apenas experimentou por meio de acesso público ou compartilhado”, diz a ITU. Mas nos países em desenvolvimento, angariar usuários móveis ativos também é difícil.
A organização ressalta que apenas 8,5% da população desses países possuíam acesso à banda larga móvel em 2011, com só 5% do uso proveniente de países de baixa renda. Isso significa que até existem usuários de mercados emergentes usando o FB via smartphones, mas é mais provável que estejam utilizando algo mais parecido com um feature fone.
Tudo isso nos leva a acreditar que apesar de toda a tecnologia que anda lado a lado com o Facebook, este também pode começar a ver um crescimento de uso por meio de aparelhos menos sofisticados.
Fonte: IDG Now

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Estudo mostra que 51% dos internautas buscam por produtos gratuitos na web


Baixar no computador o último episódio de um seriado ainda inédito no Brasil, ou o CD de uma banda norueguesa obscura. Cada vez mais brasileiros recorrem aos downloads na internet para adquirir produtos culturais — seja pagando por eles ou não. Um comunicado lançado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) busca desvendar o comportamento dos usuários da web no país na busca por conteúdos audiovisuais e livros. A pesquisa, realizada com 68 milhões de internautas, ouvidos em 2010, indica que 51% deles fazem downloads de arquivos com frequência. Desse grupo, 41% buscam exclusivamente formas gratuitas de download, muitas vezes ferindo direitos autorais, e são chamados no estudo de “piratas on-line”. Os 59% restantes dos internautas que baixam conteúdos desse tipo costumam tanto baixar gratuitamente os arquivos como comprá-los, seja em lojas físicas ou on-line. A esse grupo, os pesquisadores deram o nome de “downloaders” (veja quadro ao lado).
Embora seja possível dizer que esses dois tipos de usuários violam direitos autorais, os representantes do Ipea esclarecem que não dá para taxá-los como criminosos sem considerar as questões de consumo que levam indivíduos a migrarem para o mercado não legal. Ao adquirir produtos literários, da indústria fonográfica e cinematográfica, entre outros, as pessoas levam em conta o preço do produto se adquirido pelos meios tradicionais, o valor de transação e o acesso a ele.
Correio Braziliense Online

UEM leva duas produções ao Festival de Cinema

O vídeo documentário Violência – expressão da desigualdade social, e o curta Os filhos de Jeca, produzidos pela UEM, foram selecionados, entre os 456 trabalhos inscritos, no 9° Festival de Cinema de Maringá.
O vídeo documentário discute o fenômeno da interiorização da violência no Brasil. O trabalho, realizado pelo Observatório das Metrópoles Núcleo UEM/Maringá, é resultado da pesquisa Uma Análise da Relação entre Segregação Socioespacial e Violência Urbana na Área Conurbada da região metropolitana de Maringá, realizada com apoio da Fundação Araucária, desenvolvida entre maio de 2009 e abril de 2011, coordenada pela professora Ana Lúcia Rodrigues. Ah, e esta que vos fala tem participação: o vídeo foi dirigido por João Rodrigues Peralta, tem roteiro da jornalista Juliana Daibert, a edição da RPS Produtora e a locução é minha: Ana Paula Machado Velho.
Já o curta Os filhos de Jeca, produzido por estudantes do curso de Comunicação e Multimeios da Universidade Estadual de Maringá (UEM), foi selecionado entre os 456 trabalhos inscritos no 9° Festival de Cinema de Maringá. Das 69 obras escolhidas, apenas duas produções são locais.  
O filme é resultado final da disciplina de Cinema do curso. Trata-se de um documentário que aborda um pouco a história dos antigos cinemas de rua de Maringá em contraponto com os cinemas de shopping.

Sobre o título Os filhos de Jeca, as acadêmicas dizem que a referência é o filme Jeca Tatu, de Mazaroppi, e que a inspiração veio pelo saudosismo expresso pelos entrevistados, grandes fãs desse memorável ator e cineasta brasileiro. Em uma feliz coincidência, esta edição do Festival de Cinema irá homenagear justamente Amácio Mazaroppi, que este ano completaria 100 anos de idade. O filme teve direção e edição de Fernanda Eda Paz Leite e Tamires Belluzzi Freitas. Karina de Azevedo foi a diretora de edição e produtora junto com Patrícia Adrian; Gabriela Petrucci assina o roteiro e a direção de som (na foto).

As produções serão exibidas durante o festival que ocorrerá de 4 a 11 de junho. O Festival de Cinema ainda não tem local e programação definidos, para mais informações acesse o site do evento: http://www.festcinemaringa.com.br/. (todas

Mudi promove evento de divulgação científica

O Museu Dinâmico Interdisciplinar promovem, na próxima semana, a I Mostra de Popularização do Conhecimento Científico em Biociências Aplicada a Farmácia. A iniciativa conta com a parceria do Programa de Pós-Graduação em Biociências Aplicadas à Farmácia (PBF), com a participação do Departamento de Ciências Morfológicas (DCM), da Universidade Estadual de Maringá.
O evento visa divulgar os trabalhos de mestrado e doutorado dos pós-graduandos do PBF e dos alunos da disciplina de Metodologia da Popularização do Conhecimento Científico, ministrado pela professora Débora Sant´Ana.
Os temas serão apresentados por meio de fotografias, música, jogos, banners, lâminas, desafios entre outros. Dentre os assuntos abordados estão: toxoplasmose, candidíase, transfusão de sangue, digestão, leishmaniose, micoses, transtorno de déficit de atenção, história da ciência, diabetes, entre outros.
Na quinta-feira, dia 17, das 14 às 17 horas, as atividades serão realizadas no, Instituto Adventista Paranaense (IAP), em Ivatuba, para cerca de 700 estudantes de ensino fundamental, médio e superior. Na sexta-feira, dia 18, no mesmo horário ocorre, novamente, no Mudi, Bloco O-33, no campus da UEM, e é aberto ao público de todas as idades. Informações pelo telefone 3011-4963.
Formidável!!!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Uniforme dedo-duro ou uniforme inteligente

Além das já conhecidas câmeras de vigilância, catracas eletrônicas e leitores ópticos - ferramentas que tem uma ligação histórica com o universo militar e policial e foram também implantadas no meio corporativo – uma nova ‘solução’ acaba de ser incorporada ao ambiente escolar: o ‘uniforme dedo-duro’ ou ‘uniforme inteligente’, como ficou conhecido na mídia nacional e internacional.
No dia vinte de abril, aproximadamente 20 mil alunos de 25 escolas municipais de Vitória da Conquista (BA), receberam camisetas chipadas que, através de um sistema de rádio-frequência (RFID), envia mensagens via celular aos pais avisando se a criança entrou ou não na escola.
O secretário de educação da cidade, Coriolano Moraes, explica que a solução foi adotada com o objetivo de “aproximar os pais da escola, fazendo com que eles se tornem corresponsáveis pela educação dos próprios filhos”. Segundo ele, o objetivo central da medida seria dar aos pais a tranquilidade de saber que horário seus filhos entraram e saíram da escola.
Entretanto, segundo Fernanda Bruno, o fato merece discussão. Doutora em comunicação e cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professora na mesma universidade e estudiosa de temas relacionados a dispositivos de visibilidade e vigilância, ela avalia que o uso de RFID em uniformes amplia ainda mais a presença crescente de tecnologias de controle e vigilância, mas que a adoção de tais dispositivos pelas escolas não parece estar acompanhada de um projeto pedagógico que a sustente. Para ela, a pergunta é ainda mais relevante: o uniforme inteligente pode, por si só, fazer com que alunos compreendam a importância da presença nas aulas ou pais realmente se aproximem mais da escola e se interessem pela vida escolar de seus filhos?
Está aberto o debate!!!

Por Cristiane Kampf
Comciência

Jornalista Sidney Rezende em Maringá

Em comemoração ao 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais, a Arquidiocese de Maringá promove um encontro com comunicadores no dia 19, sábado da semana que vem, com a participação especial do jornalista Sidney Rezende.
Rezende é um dos fundadores da Rede CBN e apresentador da Globonews. O tema da palestra, que terá início às 9h no anfiteatro do Colégio Marista, será “Por uma cultura de paz nos meios de comunicação”. O Dia Mundial das Comunicações Sociais é celebrado no domingo, dia 20 de maio, em todo o mundo. A temática proposta pelo Papa Bento XVI para o ano de 2012 é “Silêncio e palavra: caminho de evangelização”.
A palestra com Sidney Rezende será destinada aos profissionais de comunicação de Maringá e região, especificamente para jornalistas, publicitários, estudantes de jornalismo e publicidade, agentes da Pastoral da Comunicação e aos padres, diáconos e seminaristas. Não haverá cobrança de ingresso. Para estudantes, a Arquidiocese fornecerá certificado de participação.
Outras informações podem ser obtidas por meio da Assessoria de Imprensa da Arquidiocese de Maringá , com Everton Barbosa: (44) 3227-1706 e (44) 9952-2324.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Interações sociais e mudanças gramaticais

Poderia um indivíduo adulto mudar sua gramática ao longo da vida? Para responder a essa pergunta, a professora Maria Célia Lima-Hernandes, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, da Universidade de São Paulo (USP), deu início à pesquisa que resultou no livro Indivíduo, Sociedade e Língua – Cara, tipo assim, fala sério!.

Recém-lançada pela Edusp, com auxílio da FAPESP, a obra é uma versão revista da tese de doutorado defendida por Lima-Hernandes em 2005, no Instituto de Estudos de Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A autora investiga se um mesmo grupo de pessoas poderia ter sua gramática alterada em um espaço de 20 anos. Quatro palavras de base comparativa – “como”, “igual”, “feito” e “tipo” – foram escolhidas para testar a hipótese de que contatos sociais mais extensos desencadeariam mudanças na gramática da língua falada por adultos independentemente da idade, do sexo ou do grau de escolaridade.

Nas pesquisas que realizou antes mesmo de dar início ao doutorado, a autora encontrou evidências de mudanças linguísticas na idade adulta em várias línguas do mundo.
A confirmação veio quando comparou entrevistas de um grupo de 36 moradores do subúrbio do Rio de Janeiro que, 20 anos antes, haviam sido objeto de estudo do grupo de sua orientadora, Maria Luiza Braga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

“É possível perceber que a mudança no uso das palavras não vai em qualquer direção, não é aberta à criatividade aleatória como se pensa, mas respeita princípios cognitivos. O novo uso tem de estar ligado, de alguma forma, ao seu traço etimológico resiliente, ainda que os falantes não tenham a mínima consciência disso”, disse.

Indivíduo, Sociedade e Língua – Cara, tipo assim, fala sério!
Autora: Maria Célia Lima-Hernandes
Lançamento: dezembro de 2011
Preço: R$ 45
Páginas: 232

Mais informações: www.edusp.com.br/detlivro.asp?ID=413216

Internet provoca tsunami em universidades americanas

Ao longo dos últimos meses, algo mudou no cenário da educação online norte-americana. A elite que dita o ritmo das universidades abraçou a internet. Não há muito tempo, cursos online eram só experiências interessantes. Agora, a atividade online está no cerne de como essas escolas vislumbram seu próprio futuro.
Na semana passada, Harvard e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) anunciaram o investimento de US$ 60 milhões para oferecer cursos online. Dois professores de Standford, Andrew Ng e Daphne Koller, montaram uma empresa, Coursera, que oferece cursos interativos em Humanidades, Ciências Socias, matemática e engenharia. Entre seus parceiros estão as Universidades de Stanford, Michigan, Penn e Princeton.
O que aconteceu com o mercado de jornais e revistas está prestes a acontecer com a educação superior: uma reordenação via web.
Muitos de nós veem a mudança com inquietação. Será que a aprendizagem online diminuirá o contato direto entre pessoas, relação que define a experiência universitária? Será que ela vai impulsionar os cursos funcionais de Administração e marginalizar temas de difícil digestão online como a filosofia? A navegação online substituirá a leitura aprofundada?
As dúvidas são justificáveis, mas há mais razões para se sentir otimista. Em primeiro lugar, a aprendizagem online dará a milhões de estudantes o acesso aos melhores professores do mundo. Milhares de estudantes já tiveram aulas de contabilidade com Norman Nemrow, da Brigham Young University, aulas de robótica com Sebastian Thrun, de Stanford, e Física com Walter Lewin, do MIT.
Pesquisas sobre aprendizagem online sugerem que ela, de modo geral, é tão eficaz quanto a da sala de aula. É mais fácil adaptar a experiência do aprendizado ao ritmo pessoal do aluno e a suas preferências. A aprendizagem online se mostra especialmente útil no ensino de idiomas e no ensino supletivo.
As perguntas reais devem ser: como mesclar informações online com discussões cara a cara, tutoriais, debates, orientações, escritos e projetos? Como construir capital social capaz de desenvolver comunidades de aprendizagem vibrantes?
Os primórdios da web democratizaram radicalmente a cultura, mas agora estamos vendo uma luta pela qualidade na mídia e em outros lugares. As melhores universidades americanas deveriam ser capazes de se tornar referência na web.
Minha aposta é de que será mais fácil ser uma universidade péssima na internet, mas também será possível que as escolas e alunos mais comprometidos sejam melhores do que nunca.
Resumo do texto de David Brooks
Estadão / The New York Times

ATENÇÃO AOS RACKERS

Para não se tornar alvo de golpes na internet, como o que a atriz Carolina Dieckmann foi vítima na semana passada, especialistas alertam que é preciso adotar algumas precauções durante a navegação. Os erros mais comuns são acessar sites desconhecidos que podem conter vírus e danificar o seu computador, como até mesmo vírus criado especialmente para obter informações do computador, referentes, por exemplo, a contas bancárias, a dados sigilosos como dados fiscais, pode permitir também espionagem eletrônica dentro de um ambiente corporativo, explica nota do Bom Dia Rio, que destaca que aplicativos desconhecidos também podem trazer essas armadilhas, cujo objetivo real seja a prática de crime. Outro risco são os spams recebidos por e-mail. Se você acessá-los também pode cair numa armadilha.
A falta de uma legislação específica para punir crimes de internet é um dos maiores problemas no Brasil atualmente, segundo especialistas no assunto.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

40% das cidades brasileiras têm rádio comercial

Apesar de completar 90 anos de história no país, o rádio comercial está presente apenas em 40% (2.235) dos municípios brasileiros.  Considerando uma média de 8 mil habitantes por município, isso significa dizer que 26,8 milhões de habitantes de 3.350 cidades estão sem acesso ao serviço, aponta levantamento da Abert. O estudo foi realizado a partir de cruzamento de dados oficiais do Ministério das Comunicações.
O Nordeste é a região com a pior distribuição de emissoras comerciais: somente 29% do total de 1.794 municípios têm estações. Nas demais regiões, a porcentagem é de 42% no Sudeste (708 do total de 1.668 cidades); 44% no Sul (517 de 1.188) e 48% no Norte (338 de 450). 

O serviço comercial do rádio é mais desenvolvido no Centro-Oeste, onde a cobertura alcança pouco mais da metade dos municípios (56%). O Distrito Federal é a única unidade da federação que tem o alcance do rádio comercial em 100% do seu território.  Já o Rio Grande do Norte e o Piauí ficam com o pior déficit, com 17% e 19% de cobertura, respectivamente. E mais: Hoje, há 1.978 municípios atendidos apenas com rádios comunitárias ou educativas.

A inserção do rádio tem relação direta com melhores índices de desenvolvimento. De acordo com o estudo, um estado cujo aumento da inserção do rádio foi de 10% teve um acréscimo de 3,01% em seu IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
 
Assessoria de Comunicação da Abert