domingo, 7 de agosto de 2011

Trabalho de artista maringaense corre o mundo

O concurso cultural Fazendo Arte com Sabor teve como objetivo principal estimular a criatividade e a produção de artistas paranaenses. Para concorrer, era preciso produzir peças com “embalagens cartonadas”. As sete melhores “obras” iriam representar o Estado do Paraná no XVI Circuito Internacional de Arte Brasileira, promovido pelo Colege Arte de Belo Horizonte, Minas Gerais. A seleção das peças foi feita em quatro etapas. A primeira foi o envio das obras. A segunda ocorreu no dia 11 de março, quando foi feita a análise e a seleção preliminar. A comissão julgadora contou com cinco membros: dois representantes da Cocamar, um da RPC (Rede Paranaense de Televisão) e dois profissionais do Curso de Artes Visuais do Centro Universitário de Maringá (Cesumar).Quatorze obras passaram para a terceira etapa de seleção em Minas Gerais.
Na Escola de Arte apenas sete foram escolhidas para representar o Paraná no XVI Circuito Internacional de Arte Brasileira. “A seleção final passou por críticos de arte e representantes do conselho curador da Escola de Arte mineira. Foi levado em conta a criatividade da obra e o currículo do artista e sua trajetória”, explica a artista maringaense, que está entre os escolhidos, Joseane Ester da Costa Bornelli, a Jô, como a é conhecida. Ela conta que seu trabalho é uma releitura da obra da Tarcila do Amaral, Abaporu (1928), que deu início ao movimento antropofágico. “É uma imagem metamórfica, por isso, recebeu o nome de Abatutu”, explica.
Jô começou a lidar com arte em 2001, quando entrou no curso de Arte da UEM. Começou com faiança e depois foi para a cerâmica. “Logo me apaixonei, participei de algumas exposições no Calil Hadad. Nessa mesma época já dava aula de pintura em tela, mas acabei abandonando e me dedicando somente á cerâmica. Hoje temos um grupo chamado Maria do Ingá (http://mariadoingaa.blogspot.com/), que tem foco voltado pra cerâmica. É um trabalho em parceria com a prefeitura de Maringá, através da Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Sasc). Nosso objetivo é oportunizar o contato com a arte cerâmica àquelas pessoas em vulnerabilidade social. E tem dado muito certo, o trabalho vem acontecendo desde 2006. Algumas revelações de talentos da comunidade já foram selecionadas para o Salão Nacional de Cerâmica, no Museu Alfredo Andersen, em Curitiba, em duas edições (2008/2010).
Além de comemorar o sucesso do projeto, Jô desenvolve uma linha de vasos vidrados e decorações para paisagismo e design de interiores com minha amiga Angelita Schmitt (http://joseanebornelliartecermica.blogspot.com/). Sem contar o prazer da maringaense em cuidar do marido Paulo Cesar, e dos filhos: Paulo Neto, Bruno e Isabela.
E é com eles que ela comemora o fato de que a obra Abatutu circulou pela Áustria, Espanha, Portugal, no Circuito Internacional de Arte Brasileira. Na volta ao Brasil a peça fica uma temporada no Museu Inimá de Paula, em BH. A mostra começou 14 de julho e termina em 28 de agosto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário