quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Celular pai de santo e celular orelhão

De acordo com a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), atualmente existem 217,3 milhões de celulares em operação no país. Há 13 anos, esse número era de apenas 7,4 milhões. Não dá para negar o significativo crescimento desse setor no Brasil. Porém, a especialista em marketing e doutora em antropologia social Sandra Rúbia da Silva, explica que ter celular não significa usá-lo efetivamente. No estudo “Do ‘celular pai-de-santo’ ao ‘celular-orelhão’: humor, conflito e novas práticas socioculturais na apropriação do telefone celular em grupos populares”, ela afirma que, no Brasil, as tarifas dos serviços de telefonia móvel estão entre as mais caras do mundo.
Publicado na revista Intexto, ano passado, o estudo mostra que o país aparece entre os quarenta últimos (mais exatamente, em 104º lugar) em um ranking de comprometimento da renda com serviços de telefonia móvel, feito em 150 países pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), um órgão da ONU.
“Os brasileiros comprometem em média 7,5% de sua renda per capita somente com os serviços de telefonia móvel, ao passo que para indianos, mexicanos e argentinos essa taxa fica em torno de 2% e para suecos e noruegueses, 0,2%”, explica a pesquisadora no artigo. Frente a essa realidade tarifas caras, Sandra revela quais são as estratégias e táticas que os habitantes do Morro São Jorge, um comunidade de baixa renda da cidade de Florianópolis, utilizam para conseguir usar seus aparelhos. Segundo a pesquisadora, o que se vê é muita criatividade.
Para ver o artigo na integra, acesse: http://seer.ufrgs.br/intexto/article/view/11134/8698.
Fonte: Agência Notisa

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